O as romarias no município
de Juazeiro do Norte remontam há 120 anos, quando era apenas um vilarejo. A
população que vivia nas poucas casas que lá existiam contava com a liderança
espiritual do Padre Cícero Romão Batista.
Em primeiro de março de
1889, circulou nos arredores do vilarejo a notícia que hóstias consagradas
estavam se transformando em sangue na boca da beata Maria de Araújo.
O fato se repetiu por
diversas vezes durante cerca de dois anos, sendo logo considerado um milagre pelos
fiéis. Desde então levas de católicos passaram a visitar o povoado em busca dos
conselhos e da benção do “Padim Ciço”.
Juazeiro do Norte cresceu no entorno da fé
popular. As romarias cresceram e a cidade cresceu junto com o dinheiro dos
romeiros. A fé está em toda parte, principalmente nas bancas de lembranças dos comerciantes locais.
Os romeiros tradicionais, vestem-se como pessoas que pararam no tempo. Chegam
em grupos, normalmente usam chapéu e suas roupas de romaria, distintas do cotidiano, remontam a primeira metade do século XX.
Param em pontos de oração ao longo da subida
para o santuário, onde depois de rezar e dar alguma esmola a pedintes que se
agrupam nas calçadas da via, seguem seu caminho de penitência e fé.
Juazeiro do Norte atrai
cerca de 2,5 milhões de romeiros e penitentes por ano. São inúmeras romarias
durante o ano, sendo a maior delas a de finados, que atrai aproximadamente
400.000 fiéis.
Apenas nos meses de
junho e agosto a cidade não tem romaria, mas romeiros sempre são sempre encontrados
em qualquer época do ano.
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